Primeiros Passos no Desenvolvimento de Software — do briefing à primeira linha de código

Antes de escrever o primeiro trecho de código, é preciso entender o contexto. Software resolve problemas reais apenas quando o briefing é claro, os objetivos são mensuráveis e o time sabe quem é o usuário. Sem essa preparação, o risco de retrabalho cresce.

Briefing: a bússola do projeto

• Quem são os públicos envolvidos (usuários finais, gestores, áreas impactadas)?
• Qual é o objetivo de negócio e como vamos medir resultado (indicadores, metas)?
• Quais processos e sistemas atuais serão mantidos, substituídos ou integrados?

Documente o briefing em uma página viva: visão do produto, problemas que resolve, premissas e restrições (orçamento, equipe, prazos). Isso alinha tecnologia, produto e negócio desde o primeiro dia.

Mapeando jornada e oportunidades

Use narrativas simples: descreva “um dia na vida do usuário”. Descubra onde ele enfrenta fricção, quais ferramentas usa hoje e o que seria sucesso para ele. Transforme essas informações em uma matriz de oportunidades — impacto x esforço — para priorizar.

Montando o time essencial

Para começar, um trio costuma ser suficiente: Product Manager (define prioridades), UX/UI (desenha a experiência) e engenharia (viabiliza). QA (qualidade) e dados entram conforme o escopo cresce. Avalie quando vale trazer especialistas externos versus formar equipe interna.

Definindo arquitetura sem jargões

Arquitetura é o esqueleto do software: tecnologia web ou mobile, integrações, banco de dados, autenticação. Registre decisões em um documento curto (Architecture Decision Record) explicando o porquê de cada escolha — isso evita debates repetidos.

Plano 30/60/90 dias e critérios de prontidão

Construa um roadmap simplificado com marcos: discovery finalizado, protótipo aprovado, MVP em testes com usuários. Antes de codar, cheque se o time tem: user story mapeada, protótipo validado, métricas acordadas e riscos conhecidos.

Com esses passos, você reduz incertezas e dá visibilidade para todas as partes interessadas. Resultado: menos retrabalho, decisões baseadas em dados e software que nasce com sentido claro.